terça-feira, 22 de março de 2011

Sinto falta do amor....

....mas não daquele amor pré-formatado, amor de pai, amor de mãe, amor de irmão e amor de amigos. Neste último me considero  uma agraciada por Deus, pois os poucos amigos que tenho, são sinceros, íntegros e, arrisco dizer, eternos.

O amor que me faz falta é aquele descompromissado, sem padrões, com exageros. Aquele do prazer inesperado, do prazer dolorido, do prazer marcado. Marcas enormes e invisíveis àqueles que não o sente, marcas expostas, que correm o risco de querermos esquecê-las. Entretanto, mesmo que o esquecimento leve a imagem da pessoa que contigo compartilhou tal sentimento, seu corpo, sua alma e sua essência ainda lembraram algo tão intenso.

Sinto falta daquele amor que cega, seca e enlouquece. Aquele que faz minha perna tremer, meu corpo vibrar, que faz com que em algum momento eu permita, queira, goste e implore para ser dominada. Amor que começa, recomeça e cessa sem sequer avisar ou mandar um recado do tipo: Prepare-se!

Tem momentos que sinto falta até de sentir falta deste amor. Entrego-me a apatia dos que vivem sentimentos mornos em uma vida bege. Deixo-me levar como um barco sem rumo e talvez, quem sabe, até sem prumo. Perco-me no vazio que é estar vazia de algo tão necessária a minha felicidade.

Confesso que me acho egoísta, afinal, detenho amores que muitos gostariam de ter. Sou amada por minha família, fui e sou amada por cachorros (refiro-me aos animais, acho injusto comparar canalhas a seres tão iluminados), tenho o amor de amigos e me queixo por sentir falta de um sentimento, que sequer sei se poderá um dia voltar a existir em mim.

Egoísta?

Talvez, mas este amor do qual sinto falta vicia, víscera e dilata tudo e todos por onde passa. Alguém que um dia o teve é incapaz de deixá-lo no esquecimento, na inércia. Alguém que um dia o sentiu, não saberá amar de verdade senão for da mesma forma, alguém que um dia o perdeu questiona se haverá outro igual. Alguém que nunca o teve, sonha, às vezes, o confundi com paixão, mas quando o encontra conclui: foi, é e sempre será o sentimento que me propiciou as melhores sensações que eu poderia viver nesta vida!

Sinto falta.....

quarta-feira, 16 de março de 2011

Tropa de Elite 3

Assistindo ao Jornal Nacional de ontem (15/03/2011) e acompanhando as últimas notícias do Rio de Janeiro e do mundo através das redes sociais, fui tomada por um sentimento de raiva e impotência que, sinceramente, decidi externá-lo de uma maneira mais divertida, porém não menos crítica.

Dados os últimos acontecimentos vou ensaiar o roteiro do Tropa de Elite 3, vamos lá:

Dando continuidade ao segundo filme, o terceiro filme começa com o filho do capitão Nascimento, o Rafa, saindo do hospital, ele faz alguns tratamentos para erradicar as sequelas com sucesso e o pai acompanha tudo bem de perto, o que promove o reestabelicimento da relação pai e filho amorosamente. Em paralelo, o Capitão Nascimento responde a processos, é afastado definitivamente da Polícia e começa a prestar consultoria para assustos de segurança pública em uma grande rede de rádio e televisão brasileira, a Quadrado Comunicações. O filho começa a estudar Jornalismo para ajudar o pai e vai morar com ele, já que a mãe está grávida do atual marido. O Fraga viaja para o Japão para estudar projetos sociais e implantar no Brasil. Quando Rosane anuncia que está grávida, o Capitão Nascimento fica pensativo a cerca das escolhas que fez e de tudo que abriu mão em prol do BOPE.

Saindo do núcleo familiar, o Ex-capitão do BOPE, agora consultor, é chamado à redação do jornal para um trabalho especial. Ele é convocado a investigar sobre o roubo dos donativos arrecadados na cidade do RJ para os desabrigados da Região Serrana. Fontes do jornal afirmam que a PM está roubando os alimentos para abastecer os mercadinhos das favelas tomadas pelas milícias, inclusive as já pacificadas pelo BOPE. Durante a investigação, ele se depara com antigas figuras da PM que, de certa forma, o ajudam a descobrir esses podres.

Eis que surge a grande decepção do ex- capitão e temática principal do filme. O Governo do Rio, que com a ajuda do BOPE pacificou as favelas mais perigosas da cidade instalando os Centros de Polícia pacificadora - CPP, começa a ter problemas com os policiais que atuam dentro destes centros, além de se aliarem as milícias locais, eles não possuem treinamento adequado para discernir o melhor momento de utilizar as armas que dispõem e estabelecer relações de poder com os moradores locais. Aí começam os tiros, porradaria, sangue, mortes e afins que o público gosta ver e infelizmente, boa parte, acha que é exagero cinematográfico.

Durante os conflitos, surgem os diálogos que questionam a contratação, treinamento e orientação inadequados dos novos PMs, a máfia das milícias, a participação do BOPE no roubo dos valores e bens dos traficantes apreendidos nas favelas pacificadas, as queimas de arquivos e toda essa sacanagem que assistimos quase, senão todos os dias nos telejornais.

Tudo está em alta na mídia, o atual consultor jornalístico para assuntos de segurança pública, Nascimento, faz críticas bem fundamentadas aos problemas anteriormente citados, está tendo apoio da população de todas as classes, o Governo começa a se mexer um pouco até que, o Tsunami do Japão desvia a atenção do grande público para esta tragédia e as pessoas "esquecem" os problemas cotidianos. O Marido da ex-mulher do Nascimento morre no Japão devia a uma explosão de uma Usina nuclear que ele visitava na ocasião e quando a esposa é avisada, entra em choque e inicia o trabalho de parto antes da hora. Rafa liga para o pai para ele ajudar a levar a mãe para a maternidade. Ela dá a luz a outro menino, dá o nome do pai falecido (Fraga) ao garoto, todos se emocionam e Nascimento diz que vai ajudá-la a criar esse menino e vai retribuir ao Fraga tudo que ele fez pelo Rafa cuidando bem da criação do filho dele.

O filme termina com o BOPE fazendo um trabalho primoroso de segurança na visita do presidente dos Estados Unidos ao RJ (não podemos deixar de fora a papagaiada da visita a Cidade de Deus e ao Cristo Redentor, o bate-papo com o Lula/Dilma e das mulatas seminuas sambando e o povo brasileiro ovacionando o presidente americano).   

A voz maravilhosa do Wagner Moura narra os minutos finais dizendo: “Nada muda. A Polícia não muda, a imprensa não muda, as pessoas não mudam e o pior é que todos nós concordamos com isso”.

Aparece uma cena dele largando tiro (com uma arma própria, pois ele não é mais da polícia) em cima de bandidos que assaltam uma senhora em uma farmácia e ele termina: “Eu também não mudo”.

Sobem os créditos e a musquinha toca (Tropa de elite osso duro de roer....).

Bem, como vocês leram, não sou boa roteirista, por isso, voltarei a minha dieta e permaneço com a minha pergunta: Para você, o que é uma semi-gorda? (rsrsrsrsrs)

sexta-feira, 11 de março de 2011

Será apenas mais um blog de uma gordinha mal resolvida?

A resposta é óbvia: claro que não!
Quem sugeriu este nome foi meu irmão mais velho, o Dudu. Até porque o irmão do meio morreu e eu não tenho o dom de conversar com mortos (ainda...rs). Ele me chama de fofinha, e não importa o quanto anoréxica eu fique ele continua me chamando de fofinha. Como foi ele que me deu força para escrever o Blog, nada mais justo do que ele escolher o nome. Eu sugeri Diário de uma fofinha, mas ele quis Diário de uma Semi-Gorda. Então, eis a explicação do nome.  
Eu vivo escrevendo coisas, seja em um texto profissional ou pessoal, fato é que sempre me expresso bem com as palavras escritas (e olha que eu falo pra caramba). A idéia deste Blog é reunir todos esses textos aqui. Ver o que as pessoas acham, trocar informações, experiências e tudo que os leitores e amigos acharem válido.
Claro que falaremos de peso e beleza, sou mulher, não sou um E.T. e vivo em uma constante briga com a balança, mas também falaremos de sexo, amor,música, paixão, loucuras, amizade, mentiras, verdades, viagens e todos os assuntos que fazem parte da vida cotidiana.
Quero muito que as pessoas que vierem a ler o Blog dividam suas histórias também. O Diário de uma Semi-Gorda não tem compromisso com a normal culta da língua portuguesa, não tem compromisso em ser politicamente correto tão pouco tem o compromisso de estabelecer padrões. A idéia é liberar geral, desde que respeitemos as pessoas e opiniões alheias, ok?
Um amigo meu que é fofinho e super bem resolvido, quando eu falei da idéia do Blog achou o máximo e me disse o seguinte:
“Tem pessoas que são altas, brancas, negras, magras, baixas e eu sou gordo. Claro que não gosto de entrar em uma loja e não achar a camisa para o meu tamanho, de ir ao cinema e me sentir apertado na cadeira, de não passar confortavelmente na roleta do ônibus etc. Porém, não vou ficar minha vida lamentando o fato de ser gordo, não vou viver a margem das coisas para não me expor. Vou viver plenamente tudo que eu puder e se perder peso estiver no meio do caminho, eu topo!”.
Amei a colocação dele, não pelo fato principal ser o peso, mas pela força e amor pelas coisas boas da vida. Todos nós, de certa, forma, perdemos tempo justificando os motivos que nos fazem não viver plenamente, ao invés de justificar, porque não simplesmente viver?
Portanto, agora que todos já conhecem um pouco a idéia do Blog, faço um desafio: Como você definiria uma Semi-Gorda?!?